Fonte Brenner Menezes
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Os Guerreiros também estão na Linha de frente | Número de policiais infectados pela Covid-19 na Bahia gera preocupação.
16 de dezembro, 2020Número de policiais infectados pela Covid-19 na Bahia gera preocupação entre os Profissionais.
O site parceiro fez um levantamento dos números de servidores que contraíram a doença Chinesa.
Na linha de frente mas ninguém lembra.
O Site Parceiro fez um levantamento dos números de servidores que contraíram a doença, a quantidade óbitos e as medidas adotadas pelas corporações, visando a não disseminar a doença.
De acordo com a Polícia Militar, foram confirmados 3.340 casos na Bahia, 52 óbitos, sendo 14 policiais da ativa, 18 da reserva e 20 reformados. Já a Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra/Bahia) informou ao VN que houve 2.859 PMs infectados, além de 41 mortos. Números divergentes.
A Polícia Civil também foi procurada pelo site. A mesma informou que desde o inicio da pandemia, 549 policias foram contaminados, sendo que 486 estão recuperados. Houve 6 óbitos e 63 policiais civis estão em recuperação.
O último boletim divulgado pelo Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC) em 17 de agosto contabiliza 495 policiais infectados e seis óbitos. foi tentado outro contato para obter números atualizados, mas não obteve retorno.
Prevenções e descasos “da zorra!”
Segundo a PM informou os militares foram orientados a adotar cuidados básicos de higiene. Durante o radiopatrulhamento o policial deve abrir os vidros das viaturas; higienizar os equipamentos de proteção individual; manter a distância mínima de um metro das pessoas; ao realizar abordagens que necessitem contato físico, assim que possível lavar a mão e evitar tocar no rosto.
Além disso, o Departamento de Apoio Logístico da PM (DAL) adquiriu 60 mil máscaras de tecido para todos os integrantes da tropa. Com a compra, cada policial militar tem que receber duas máscaras de algodão padronizadas para desempenhar a atividade policial militar. O material será distribuído nos próximos dias aos comandos regionais.
O Soldado Marco Prisco, que é o coordenador geral da Aspra, informou que não houve nenhuma atitude significativa tomada pelo Governo para que pudesse diminuir o número de casos. “Só foram distribuídas máscaras em desacordo com a legislação e apenas uma. São máscaras de péssima qualidade, de pano, e apenas uma, embora a OMS afirme da necessidade de troca de 4 em 4 horas”, falou.
O coordenador ainda chegou a falar como os casos de coronavírus entre os policiais chega a prejudicar toda uma corporação. “Afeta em muito. Os que trabalham já vendo os colegas infectados percebem que o Estado não oferece condições necessárias para o trabalho. Isso provoca uma série de danos, tanto causados pela infecção, também psíquicos. Os policiais estão na linha de frente tal igual aos profissionais da saúde”, afirmou Prisco.
Os Guerreiros da policia Civil também tem suas Guerras.
Já a Polícia Civil informou que entre as medidas de prevenção da doença nas unidades, foram adquiridos mais de 300 mil itens, oriundos de recursos próprios e doações, que vão desde EPIs, até materiais de higiene pessoal e limpeza, distribuídos regularmente.
Também foi informado que é realizada a desinfecção de delegacias e viaturas, na capital e interior do estado, por meio de recursos próprios e parcerias com as pastas municipais de saúde.
A vice-presidente Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), Ana Carla Souza, informou que é impossível que o número de policiais infectados desde que começou a pandemia seja apenas de 549 servidores, como foi informado pela Polícia Civil. O sindicato, porém, não apresenta um número atualizado.
“A entidade sindical vem cobrando medidas mais energéticas do Delegado Geral da Polícia Civil, Bernadino Brito e da própria SSP sobre as condições de trabalho e as condições estruturais das delegacias territoriais no estado. Com a pandemia da COVID-19, as condições precárias de trabalho para os servidores só chamaram atenção da imprensa e da população que os locais são focos de proliferação para o vírus”, disse.
Ana Carla ainda informou que não existe testagem para a COVID-19 regularmente para todos os servidores da polícia civil.
Sampaio, de 50 anos, contou como está sendo os dias após descobrir que estava com a Covid-19. O policial que é lotado na Delegacia Territorial de Santo Estêvão, chegou a falar que até mesmo seus familiares acabaram sendo infectados.
“Tive que me afastar das minhas funções, pois os sintomas são bem desagradáveis. E para evitar o contágio nos colegas e nos custodiados. A polícia nos deu apoio no sentido de conseguir os testes de PCR perante a secretaria de saúde do município de Feira de Santana para os meus familiares, que acabaram infelizmente contraindo também a Covid-19”, falou o policial.