Assista: “Sofrendo mais que suvaco de aleijado”| 56 trabalhadores de Aracatu são resgatados em situação de escravidão numa Fazenda do interior de São Paulo
18 de junho, 2021Pelo menos 56 trabalhadores de uma fazenda de café de Pedregulho (SP), dentre eles dez menores de idade, foram encontrados em situação análoga à escravidão na última quarta-feira (16). “Os pião de roça” foram resgatados e levados à sede do Ministério do Trabalho em Franca (SP) onde passaram pelo perguntado.
Segundo informações, os auditores fiscais do trabalho do Ministério da Economia chegaram ao local por meio de uma denúncia anônima. As investigações do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal começaram em 6 de junho.
Os trabalhadores são de Aracatu (BA) e foram conduzidos em um ônibus todo errado e acima da lotação permitida contratado pelo dono da fazenda sem formalização da atividade a ser exercida no interior paulista. Eles trabalhariam na safra do café, mas não havia prazo para retorno à cidade de origem. “-Foram na cega”
“Escravidão”
Durante inspeção nos locais de trabalho e alojamento, os auditores fiscais encontraram situações precárias de higiene, repouso e alimentação. Os trabalhadores faziam as necessidades fisiológicas a céu aberto, entre os pés de café ou em matos próximos e sem o fornecimento de papel higiênico.
O “badeco” não eram feitos em mesas ou cadeiras e os funcionários tinham que sentar no chão ou em meio à plantação. Sem local para conservação da comida, muitos alimentos azedavam.
Os trabalhadores não tinham álcool em gel e máscaras contra a Covid. Em um dos alojamentos, os ficais constataram que 26 pessoa amontoadas que dividiam o mesmo banheiro sem higienização do ambiente.
O dono da fazenda não foi em cana, mas foi ouvido “na mesma da hora”. As 56 “cabeças” tiveram a Carteira de Trabalho assinada e o pagamento dos tempos pagos tudo deu R$ 220 mil, o resgatados de Aracatu ainda irão receber 3 parcelas do seguro. Ja o dono da Fazenda vai chupar processo pelos crimes de sonegação, aliciamento de trabalhadores e tráfico de pessoas.
Fonte: G1 Franca.