Parou! Policiais Civis baianos suspendem atividades por 24h
27 de janeiro, 2022Durante a paralização, só serão realizados os flagrantes e levantamento cadavérico
Os Policiais Civis da Bahia anunciaram uma paralisação de 24 horas em todo o estado nesta quinta-feira, (27). Dentre as reivindicações da categoria, estão a regulamentação do Artigo 46, parágrafo 1º da Lei 11.370/2009, que concede o salário de nível superior para os servidores e reestruturação da carreira.
Durante a paralização, só serão realizados os flagrantes e levantamento cadavérico. Os demais serviços a exemplo do registro de ocorrência, diligência, operações e cumprimento de prisões estarão suspensos.
“Iniciaremos nesta semana o Lockdown Semanal da Segurança Pública, onde toda quinta-feira os policiais civis da Bahia vão paralisar as atividades por 24 horas, sempre denunciando a insegurança, pois já temos dito há algum tempo que no quesito segurança o Governo do Estado jogou a toalha”, frisou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Eustácio Lopes.
Ato na rodoviária de Salvador
Os agentes prometem uma manifestação na sexta-feira, 28, a partir das 11h, no terminal rodoviário de Salvador para ‘denunciar a falta de policiamento, insegurança, assim como a entrada de drogas e armas pelo local.’
“Infelizmente a rodoviária de Salvador é um retrato do que acontece na Bahia, onde mais de 100 cidades não tem um posto policial para atender a população. Na atual conjuntura era pra termos 11.000 policiais civis, só temos 5.000, alguns com comorbidades, hoje temos um quadro de somente 3.000 servidores para toda a Bahia. O que temos visto aqui é uma transferência de responsabilidade, onde o secretário de segurança Sr. Mandarino vai para a imprensa colocar a culpa pela violência na Bahia nos clubes de tiro esportivo. É estarrecedor ver como a Bahia a se curvou perante a violência”, declara o presidente do SINDPOC.
Para o representante dos policiais civis da Bahia está faltando estratégia na segurança pública da Bahia quanto ao enfrentamento do crime organizado. “Mediante um cenário onde nós presenciamos grandes apreensões de drogas da nossa co-irmã PRF, e nos deparamos com essa realidade da Policia Civil na Bahia, chegamos a conclusão que está faltando gestão estratégica por parte da secretaria comandada pelo senhor Ricardo Mandarino.
Diante do quadro de insegurança que o baiano vivencia, com a Policia Civil sucateada, investigadores, peritos e escrivães desmotivado o titular da SSP não pode jogar a culpa pela violência nos clubes de tiros, beira a irresponsabilidade. A verdade é que na Bahia o Estado se curvou perante a violência”, finalizou Eustácio Lopes