Agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apreenderam quase R$ 2 milhões em dinheiro na casa da delegada Adriana Belém, em um condomínio de luxo na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, durante a Operação Calígula, deflagrada na manhã desta terça-feira (10).
Os investigadores encontraram R$ 1,2 milhão em sacos de grifes famosas e pouco mais de R$ 500 mil em uma mala. A “Pomba suja” não foi presa, mas deve ser levada para a Corregedoria da Polícia Civil para explicar a origem do dinheiro apreendido.
Recentemente, a delegada presenteou o filho com um Jeep Compass zero, quando ele completou 18 anos, e postou foto em sua rede social dizendo que o veículo é blindado. Além de Belém, também é alvo da ação o delegado Marcos Cipriano, que foi preso no começo desta manhã.
A operação mira uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais civis.
Ao todo, os agentes tentam cumprir 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Foram denunciadas 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em nota, a Polícia Civil disse que ambos os delegados alvos da operação não têm cargos na polícia atualmente. Adriana Belém está afastada de licença e Cipriano trabalhando em outra instituição.
Até a manhã desta terça, Belém estava lotada na Secretaria Municipal de Esportes, mas a prefeitura do Rio informou que ela será exonerada no cargo após a deflagração da Operação Calígula.
A Corregedoria de Polícia Civil informou que solicitará acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos necessários. O g1 tenta contato com os citados.
Fonte: G1