Caso Dom Phillips e Bruno Pereira: Segundo Bolsonaro indícios “levam a crer que fizeram alguma maldade” com desaparecidos
13 de junho, 2022O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira estão desaparecidos há mais de uma semana. Segundo Bolsonaro, vestígios encontrados foram enviados para análise em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em entrevista, nesta segunda-feira (13/6), que os “indícios levam a crer que fizeram alguma maldade” com o jornalista britânico Dom Phillips e com o indigenista brasileiro Bruno Pereira.
“Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles. Foram encontradas vísceras humanas”, disse o presidente. A declaração ocorreu durante entrevista à rádio CBN Recife, quando questionado se está acompanhando as buscas dos desaparecidos.
“Pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento”, comentou.
O indigenista e o jornalista desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte, distante 1.135km de Manaus, no domingo (5/6)
Preso há uma semana e apontado como principal suspeito pelo desaparecimento do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, Amarildo Costa de Oliveira, o “Pelado”, seria o executor de um crime pensado e encomendado por um traficante de drogas peruano.
O líder de uma organização criminosa teria contratado Pelado para executar Dom e Bruno, por causa do trabalho de ambos, que denunciavam crimes na Amazônia, na região de fronteira do Brasil com a Colômbia, onde eles foram vistos com vida pela última vez e restos mortais foram encontrados, além de pertences de ambos.
Apesar da nacionalidade peruana, o traficante conhecido como “Colômbia”. Já Pelado tem histórico de ameaças a indígenas e envolvimento com o tráfico de drogas.
(crédito: ISAC NOBREGA/PR)