Pelo menos 47 pontos em rodovias estão interditados; veja quais
31 de outubro, 2022Diversas pessoas que precisaram usar as rodovias brasileiras ao longo da madrugada desta segunda-feira (31/10) acabaram ficando presas em longos engarrafamentos depois que caminhoneiros bolsonaristas interditaram trechos de estradas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na manhã desta segunda, 47 trechos seguem interditados.
Guilherme Sabo foi uma das pessoas que acabaram ficando presas na estrada. O estudante viajava de Brasília para Goiânia e foi parado na barricada por volta das 0h15, perto de Anápolis. Ele só conseguiu sair de lá mais de 10 horas depois, por volta das 10h20. “Liberaram os ônibus e os caminhões com produtos perecíveis”, conta. Ele acredita que o trecho tinha acabado de ser interditado quando ele chegou. “Acho que eles tinham acabado de fechar a rodovia, porque na frente do meu ônibus só tinha um caminhão”, afirma.
Segundo ele, o bloqueio da estrada foi feito com pneus e colchões sendo queimados. Os caminhoneiros também ofereceram alimentos e geradores de energia para que os passageiros carregassem os celulares. “Faziam vídeos também pedindo a população que apoiasse a paralisação mandando mantimentos”, conta.
Com barricadas feitas com pneus, as interdições são em 11 estados e no Distrito Federal. Foram registrados pontos de interdição na Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Goiás e São Paulo, além do DF.
Em nota, a PRF disse que está negociando para liberar os pontos interditados sem interferir no direito de manifestação. A PRF também informou que acionou a Advocacia Geral da União (AGU) para conseguir liberar as estradas por meio de expedição de mandado judicial. “Desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, a PRF adotou todo as as providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos”, diz a nota
FOTO: redes sociais/ reprodução