Soldados russos acusam o governo do país de calote. Pelo menos 100 recrutas protestaram do lado de fora de um centro de treinamento na República da Chuváquia. Os vídeos foram compartilhados em canais do Telegram.
Os recrutas acusaram os militares de não pagá-los antes de acordarem para a “morte certa” e deixar suas famílias “sem apoio”, informou o site de notícias russo independente Meduza.
“Por causa do que então devemos lutar por este Estado?” disse um soldado no Telegram. “Nós nos recusamos a participar da Operação Militar Especial e buscaremos justiça até recebermos o dinheiro prometido por nosso governo chefiado pelo presidente da Federação Russa.”
A polícia de choque acabou sendo chamada e supostamente “acalmou” os manifestantes, dizendo que eles acabariam sendo pagos, de acordo com a Baza, a agência de notícias russa que opera via Telegram.
Vídeos compartilhados nos canais pela rede social mostraram os recrutas protestando contra o calote de aproximadamente US$ 3,1 mil.
Em setembro, Vladimir Putin decidiu mobilizar mais de 300 mil soldados anunciando vários benefícios, dizendo que os novos recrutas poderiam ganhar um salário mensal de até US$ 3,4 mil. O governo também prometeu congelar os pagamentos de empréstimos e hipotecas para qualquer recruta e cancelar a dívida de soldados mortos ou gravemente feridos.
Milhares de homens russos fugiram do país desde que Putin anunciou seu plano de mobilização. Durante semanas, outros soldados reclamaram publicamente sobre a falta de pagamentos e as duras condições de vida, com alguns comprando suas próprias armaduras na esperança de que pudessem ter uma chance melhor de sobrevivência.
Fonte: Revista Oeste