PF diz que PCC monitorou Moro em posto de gasolina de Curitiba
22 de março, 2023Os criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) estavam monitorando o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no mês passado.
Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), a facção chegou a ter acesso a imagens da câmera de segurança de um posto de combustível que Moro frequenta, em Curitiba. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a polícia, os criminosos chegaram a alugar chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Moro. A família do senador também teria sido monitorada pela facção criminosa.
Em razão desses alertas, foi autorizado reforço na segurança pessoal do parlamentar e de sua família. No fim, avaliou-se que isso não era necessário, e que o efetivo atual é suficiente.
O plano para atacar o ex-juiz e outras autoridades foi desvendado pela PF do Paraná e pelo Ministério Público de São Paulo.
Os agentes cumpriram, nesta quarta-feira, (22), sete mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, além de 24 de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.
Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Em 2019, ele coordenou a transferência e o isolamento de 22 lideranças da facção para presídios federais.
Além do senador, outro alvo dos criminosos era o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). O promotor investiga o PCC há 20 anos e foi autor do pedido que transferiu os integrantes da facção, em 2019.