Loja de Caetité é acusada de racismo após anúncio de vaga, exigindo jovem, ‘Branca, solteira e sem filhos’
26 de janeiro, 2024Uma loja causou polêmica ao anunciar uma vaga de emprego na cidade de Caetité, no sudoeste da Bahia. Conforme o anúncio, a candidata deveria ser “branca, solteira e sem filhos”. A empresa está sendo acusada de racismo e misoginia.
O anúncio, publicado nas redes sociais, viralizou rapidamente e gerando revolta na população local. Após a repercussão do caso, o loja apagou o conteúdo.
O Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Caetité emitiu uma nota de repúdio. A pasta recrimina “qualquer ato ou ação de intolerância, discriminação, preconceito ou quaisquer outros atos que atentem contra a honra e dignidade humana. Este Conselho estará de pé e atuante frente ao caso supramencionado, tomando todas a medidas legais e cabíveis para que a justiça seja feita e o culpado seja punido”.
Veja a nota na íntegra:
Diante do fatídico caso de racismo, misoginia e machismo praticado por lojista da cidade de Caetité-BA, ao anunciar vaga de emprego para o seu estabelecimento em sua redes sociais, o Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial de Caetité, vem a público repudiar todo e qualquer ato ou ação de intolerância, discriminação, preconceito, ou quaisquer outros atos que atentem contra a honra e dignidade da pessoa humana, bem como para reafirmar o seu compromisso com a promoção da igualdade racial, zelando pela defesa do povo Caetiteense e pelo enfrentamento de toda forma de intolerância ou tentativa de supremacia racial praticada contra quem quer que seja.
O Estado Democrático de Direito não comporta esse tipo de ataque, objetivando sempre a reprovação e prevenção dos crimes, especialmente os crimes de racismo e de injúria racial, notadamente porque são crimes que atingem, direta ou indiretamente, uma coletividade indeterminada de indivíduos.
Discursos e postagens conforme veiculam nas redes sociais só reforçam a necessidade de continuarmos conclamando nossa sociedade a refletir sobre os fundamentos e os princípios que norteiam a nossa República, que vão na contramão de qualquer ato de intolerância, racismo, discriminação ou preconceito.
Este Conselho estará de pé e atuante frente ao caso supramencionado, tomando todas a medidas legais e cabíveis para que a justiça seja feita e o culpado seja punido, seremos sempre contrários às práticas discriminatórias, enfileirando-nos em defesa dos direitos constitucionalmente resguardados.