Adolescente reclama da qualidade da maconha em rede social e é torturada e morta.
3 de setembro, 2024Dois criminosos foram presos em flagrante pela Polícia Civil na última segunda-feira (02), em Cáceres, Mato Grosso, acusados de serem os responsáveis pelo homicídio de Gabriela da Silva Pereira. Os suspeitos, com idades de 20 e 24 anos, foram autuados por tortura, organização criminosa e homicídio qualificado pelo motivo fútil e meio cruel.
O corpo de Gabriela, uma adolescente de 16 anos, foi encontrado em uma rua no bairro Nova Era, também em Cáceres. A investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Cáceres revelou que o crime foi motivado pelo fato de a vítima ter feito uma “live” em uma rede social, na qual criticou o entorpecente comercializado por uma organização criminosa.
Após o acionamento, a equipe da Polícia Civil iniciou as investigações e descobriu que a vítima havia sido levada por integrantes da organização criminosa para uma residência no loteamento Jardim Primavera. Lá, Gabriela foi amarrada, torturada e executada pelos criminosos.
Durante a observação do local, os policiais encontraram roupas e outros objetos queimados no quintal da casa, além de manchas de sangue pelo chão. O primeiro suspeito foi encontrado na residência. Questionado, ele confessou a autoria do crime e indicou os comparsas envolvidos. O segundo suspeito foi localizado no bairro Vitória Régia e conduzido à delegacia.
O delegado responsável pelas investigações, Marlon Nogueira, explicou que a morte de Gabriela foi determinada pelo fato de ela aparentar pertencer a uma facção criminosa rival. A jovem frequentemente postava fotos fazendo o sinal relacionado ao grupo. “A vítima fez uma live, em que criticou a maconha vendida pela organização criminosa que decretou a sua morte, sendo interpretada a ação como uma propaganda para a facção rival”, afirmou o delegado.