Governo dá pra trás com proposta para mudar validade de alimentos após turma pegar ar nas redes sociais
24 de janeiro, 2025O governo federal descartou a possibilidade de flexibilizar os prazos de validade dos alimentos para reduzir os preços, após a sugestão gerar forte reação negativa nas redes sociais. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, confirmou nesta quarta-feira (22) que a proposta não será implementada.
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A ideia, apresentada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última terça-feira (21), sugeria mudanças nos rótulos de produtos como enlatados e biscoitos. Com isso, os itens poderiam ser vendidos a preços menores mesmo após o vencimento impresso, seguindo o modelo do “best before”, já adotado em outros países.
Rui Costa afirmou que a proposta não condiz com as práticas brasileiras. “Essa não é a cultura do Brasil, não é a prática do Brasil, então não vejo nenhuma possibilidade dessa sugestão específica ser adotada”, declarou o ministro em entrevista à CNN Brasil.
Críticas e mudança no discurso
A sugestão provocou críticas nas redes sociais, e o governo foi alvo de questionamentos sobre a segurança alimentar da população. Mais cedo, Rui Costa havia comentado que o governo avaliava “intervenções” para baratear os alimentos, mas, horas depois, ajustou o discurso.
“Para não ter ruído de comunicação e ninguém ficar derivando para outras imaginações, vamos substituir a palavra ‘intervenção’ por ‘medidas’”, explicou o ministro, destacando que as ações para reduzir os preços ainda estão sendo analisadas junto aos ministérios e produtores.
Em publicação no X, Costa reforçou o posicionamento: “Reafirmo: não haverá intervenções do governo, mas a adoção de medidas para baratear os alimentos que estão na mesa do povo brasileiro”.
Imagens: Redes Sociais| Fonte IB