O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou que vai zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz até 31 de dezembro de 2020. O objetivo é reduzir o custo do arroz importado para aumentar a oferta e conter a alta de preços do produto, que praticamente dobrou nas prateleiras.
A informação foi confirmada por meio de nota, no início da noite da última quarta-feira (9). “A redução temporária está restrita à quota de 400 mil toneladas, incidente nos produtos abarcados pelos códigos 1006.10.92 (arroz com casca não parboilizado) e 1006.30.21 (arroz semibranqueado ou branqueado, não parboibilizado) da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)”, explica a Camex.
O presidente Jair Bolsonaro tem apelado a donos de supermercado para abaixarem os preços da cesta básica e que não aumente a margem de lucro durante a crise. Na última quarta-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) relacionou a alta no preço do arroz ao auxílio emergencial de R$ 600 distribuídos pelo Governo Federal. Segundo ele, a inflação se dá pela lei da “oferta e da procura”, -mais dinheiro na mão do pobre, aumento da compra dos itens da cesta básica.
A explicação para a alta do alimento, todavia, pode ser outra segundo especialistas a escalada do dólar, que impulsiona as exportações e a diminuição da oferta dos produtos no mercado interno, – Os produtores estariam mais interessados em vender o ouro branco pra fora e ganhar em dólar papai!
A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou representantes de produtores de alimentos para esclarecer o aumento no valor dos produtos que compõem a cesta básica. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e as associações de produtores terão cinco dias para explicar a alta nos preços praticados.
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