Acabou o tormento! Após meses à deriva, porta-aviões São Paulo é afundado pela Marinha
4 de fevereiro, 2023Na foto acima, o porta-aviões desativado São Paulo, capturada através de satélite pelo Greenpeace — Foto: Divulgação/Greenpeace Brasil
O porta-aviões São Paulo foi afundado no final da tarde desta sexta-feira (3/2) pela Marinha do Brasil. À deriva há seis meses no litoral brasileiro, a embarcação estava proibida de atracar nos portos do país.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) defendeu que a embarcação que não transportava carga tóxica fosse destinada à reciclagem verde, sem nenhum dano ao meio ambiente.
Segundo o Ibama, o afundamento da embarcação pode poluir o meio ambiente e impactar na deterioração de ecossistemas que vivem nas proximidades do porto de Suape, em Pernambuco.
A Marinha determinou o afastamento do porta-aviões para aproximadamente 170 milhas náuticas da costa de Pernambuco, em local com profundidade de 5 mil metros.
O Ministério Público Federal pediu à Justiça a suspensão do afundamento do porta-aviões. Entretanto, o pedido foi recusado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) que autorizou a Marinha a realizar o procedimento.
“O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro”, declarou a Marinha por meio de nota.
Na nota divulgada pela Marinha do Brasil, há a confirmação de que o antigo porta-aviões São Paulo foi naufragado em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350 quilômetros costa brasileira e com profundidade aproximada de 5 mil metros.
O documento diz ainda que a área “foi selecionada com base em estudos conduzidos pelo Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira”.