No primeiro crime, ocorrido quando cramunhão tinha 18 anos, ele foi absolvido após apresentar laudo com diagnóstico de transtornos mentais. De acordo com o portal Metrópoles, ele ficou ao menos um ano internado por determinação judicial,
Agora a vítima foi; Benedita Silva Nunes, 49, a mulher foi encontrada morta dentro de casa, com marcas de facadas no rosto e sinais de espancamento. Segundo a Polícia Militar do Piauí, ela teve os dentes quebrados e também levou golpes na cabeça que teriam sido provocados por uma barra de ferro.
O filho excomungado foi visto ao saindo da casa da família minutos antes da irmã dele entrar no local e encontrar a mãe morta no chão. Victor chegou a fugir, mas foi encontrado e pela e capturado polícia, levado para a delegacia de Corrente.
Vizinhos da vítima relataram que mãe e filho costumavam ter brigas porque o lazarento do Victor Gabriel seria “noia” (dependente químico). A mãe tentava ajudá-lo a se livrar do vício. Uma dessas brigas teria motivado o crime, segundo as investigações.
Similar ao que aconteceu com o pai: o estopim para a tragédia teria sido uma discussão sobre o consumo de drogas em casa. Victor alegou que sofria várias ameaças de morte por parte do pai e confessou que o atacou, para evitar ser vítima de um eventual assassinato.
Quando os policiais militares chegaram ao endereço da família, encontraram Victor Gabriel ainda com a faca na mão e o pai deitado sobre o colo. Na data, o agressor ainda feriu outra pessoa, que havia tentado impedir o crime.
Apesar de o filho da vítima ter confessado o crime, a juíza Vivian Lins Cardoso interpretou que a liberação do assassino não causaria “perturbação à ordem pública”.
Na ata da audiência de custódia do preso, em 21 de outubro de 2019, a magistrada considerou que, por se tratar de “crime passional”, não havia elementos que indicassem “a mesma intenção homicida contra outras pessoas” caso Victor Gabriel estivesse em liberdade. “Não há o que se falar em prisão do autuado como garantia da ordem pública”, completou a juíza.
Outros fatores que pesaram para a decisão envolveram o fato de o acusado ser réu primário, “de bons antecedentes” e sem ficha criminal. Assim, para a magistrada, a medida cautelar de monitoração eletrônica seria “providência adequada e suficiente”.
Ainda segundo o Metrópoles, Victor também foi alvo de mandado de prisão preventiva em 2019, mas a Justiça do Distrito Federal concedeu habeas corpus ao acusado. No fim de 2020, com o laudo da perícia que atestou os transtornos mentais, o juiz determinou a internação do acusado.
Em maio de 2021, Victor Gabriel foi julgado pelo Tribunal do Júri, que o absolveu pelo homicídio do pai. Como medida de segurança, porém, o magistrado determinou a internação do réu pelo período de ao menos um ano.