Desembargador sugere extinção da PM Governador de Goiás e o comandante-geral da PM da Bahia reagem.

3 de novembro, 2023 Por efuxico.com Off
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O desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), fez declarações polêmicas durante um julgamento, na quarta-feira (01/11). Ele sugeriu a extinção da instituição, gerando uma onda de revolta.

Durante a sessão, o desembargador afirma que “para mim, tem que acabar com a Polícia Militar de Goiás e instituir uma forma diferente na área da investigação e da repressão a crimes”. (Assista)

Comandante-geral da PMBA e presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares (CNCG-PM), Paulo Coutinho, divulgou em seu Instagram uma nota do colegiado que reúne todos os comandantes de Polícias Militares em exercício. O comunicado repudia veementemente “o reprovável comportamento do Sr. Adriano Roberto Linhares Camargo, desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás – TJGO, o qual, na data de ontem, durante a realização de audiência daquela prestigiosa Corte de Justiça, afirmou que: “… tem que acabar a Polícia Militar…”. Tal afirmação, sobretudo pela elevada condição ocupada pelo seu autor, não obstante reflita exclusivamente o seu posionamento pessoal, revela total distanciamento da realidade fática existente no país”.

O governador do Goiás foi mais fundo.

Tratando o desembargador por “você”, Ronaldo Caiado afirmou: “Tenho orgulho de ser o comandante em chefe da PM […]. Você está atentando contra o Estado Democrático de Direito ou está cooptado pelas forças do crime no estado de Goiás.” O governador afirmou que a fala deve ser avaliada pelo Conselho de Ética do Tribunal de Justiça, e que a instituição deve lhe impor o impeachment, pois a opinião do desembargador não estaria à altura da liturgia do cargo.

“Respeite a PM do estado de Goiás, que está sob meu comando. Entendeu bem? Quem responde por ela sou eu. Já mandei o procurador geral do Estado de Goiás, Rafael Arruda, encaminhar um documento consistente para encaminhar ao corregedor e aplicar as penas ao cidadão que não tem qualificação mínima para ser desembargador no estado de Goiás”, concluiu o governador. (Assista)