Facebook derruba página de militares do Exército que disseminava informações falsas sobre à Amazônia

9 de abril, 2022 Por efuxico.com Off
Read Time1 Minute, 27 Second

Facebook informou nesta quinta-feira (7) o cancelamento de contas e perfis de uma rede que publicava informações falsas sobre questões ambientais, como o desmatamento da Amazônia. De acordo com a empresa, oficiais do Exército Brasileiro eram responsáveis pela operação de desinformação, mas as suas identidades não foram reveladas. No total, foram derrubados 14 perfis falsos e nove páginas no Facebook, além de 39 contas no Instagram. Parte desses perfis e páginas também estavam conectadas a páginas no Twitter. Nos serviços do Facebook, a rede somava 25 mil seguidores.

De acordo com o relatório trimestral que a Meta produz sobre ameaças na plataforma, o Brasil aparece como um exemplo de “comportamento inautêntico coordenado”. A empresa utiliza esse termo para se referir a redes de perfis e páginas falsas usadas em esforço para manipular o debate público.

Segundo o documento, dois oficiais do Exército estavam por trás da rede. Dentre as evidências estão posts nos quais eles aparecem fardados e congratulações de parentes por conquistas em treinamentos e cursos militares. Contudo, nem o Facebook ou a empresa de monitoramento de redes sociais, Graphika – que trabalha em parceria com a Meta – não fazem conexões dos oficiais ao comando das Forças Armadas.

— Não podemos compartilhar muitos detalhes de como nossa investigação chegou aos militares. Quanto mais compartilhamos, mais essas redes conseguem se esconder. Usamos sinais técnicos e comportamentais — disse ao Estadão Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança global do Facebook.

Os perfis e páginas comandados pelos militares tentavam se passar por organizações da sociedade civil e ativistas interessados na preservação da Amazônia. O documento diz que alguns posts diziam que “nem todo o desmatamento da floresta é prejudicial”. Além disso, havia ataques a ONGs que atuam para a preservação do meio ambiente.

Fonte: Estadão