Foi um ato de intimidação, diz Tarcísio, sobre Paraisópolis | Candidato ao governo de SP esteve na favela nesta manhã. A visita foi interrompida por um tiroteio
17 de outubro, 2022Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, disse nesta segunda-feira, 17, em coletiva de imprensa, que o tiroteio em Paraisópolis foi um “ato de intimidação”. O ex-ministro visitou a favela nesta manhã, para cumprir compromissos de campanha.
“Visitamos um trabalho social muito importante, que visa à criação do primeiro polo universitário em Paraisópolis”, explicou Tarcísio. “Visitamos algumas salas de aula, as instalações. Fomos ao segundo e ao terceiro andares. Enquanto conversávamos, começamos a ouvir tiros. Eu estava no terceiro andar, ouvimos rajadas de tiros. A primeira impressão que tive: acho que é algo para intimidar.”
Apesar do tiroteio, o ex-ministro e sua equipe continuaram a conversar com os responsáveis pelo trabalho social. Até que a temperatura aumentou. “Começamos a ouvir mais tiros e gritaria”, contou. “O pessoal pediu que abaixássemos. Um homem entrou e disse: ‘Temos de tirá-lo daqui, o problema é ele [Tarcísio]. Estão dizendo que vão entrar aqui’.”
Depois desse momento, os tiros continuaram. Os responsáveis pela segurança de Tarcísio entraram no local e encontraram uma saída relativamente segura. Ele e sua equipe entraram em uma van e foram embora.
No momento em que o candidato estava visitando o projeto social, quatro homens em duas motos circularam pelo local. Eles fotografaram os responsáveis pela segurança de Tarcísio e perguntaram aos presentes se havia policiais na região. Depois disso, segundo o ex-ministro, essas pessoas saíram do local, buscaram armas e voltaram. Nesse momento, houve troca de tiros.
“Foi um ato de intimidação”, repetiu Tarcísio. “Foi um recado claro do crime organizado, dizendo o seguinte: ‘Vocês não são bem-vindos aqui. Não queremos vocês aqui dentro’. Para mim, é uma questão territorial, não política.”
Ao mencionar a questão “territorial”, o candidato sugere que o crime organizado queria manter a influência sobre a região e sobre os projetos sociais de Paraisópolis. “As pessoas não podem ser constrangidas por causa do crime, por essa questão de domínio territorial”, concluiu.
Fonte: Revista Oeste