São Sebastião o Santo Padroeiro das Cidades do Rio de Janeiro, Brumado dentre outras. Santo Patrono dos Militares, livra das pestes e epidemias, protetor dos presos e da turma LGBT! “-É o que rapaz!?” Se ligue um pouco na história…
São Sebastião, cujo dia se comemora a 20 de Janeiro, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).
S. Sebastião foi um dos muitos soldados romanos que pela sua fé em Jesus foi martirizado. É uma pena que só se pode saber da sua história através das atas do seu martírio que foram escritas dois séculos mais tarde. Em quase todas as atas de martírios de santos e santas, os escribas tinham ordens de colocarem muitos detalhes do martírio e dar pouca ênfase ao martirizado, para assustar os futuros cristãos visto que as atas eram colocadas na cidade onde ocorria o martírio, e na biblioteca de Roma.
Sebastião era um soldado do exército, nasceu em Narbonne, França, no final do seculo III. Desde muito pequeno, os seus pais mudaram-se para Milão, onde cresceu e foi educado. O seu pai era militar e nobre e Sebastião quis seguir a carreira do pai, chegando a ser capitão da primeira corte da guarda pretoriana, um cargo que só se dava a pessoas ilustres e correctas. A sua dedicação à sua carreira mereceu elogios dos seus companheiros e principalmente do imperador Maximiano. Cumpre recordar que o Império Romano, na época, era governado no, oriente por Diocleciano e no ocidente por Maximiano. Maximiano ignorava que Sebastião era um cristão de coração e ainda que, mesmo cumprindo as suas tarefas militares, não tomava parte nos sacrifícios nem nos actos de idolatria. Sempre que podia, visitava os cristãos encarcerados e ajudava os mais fracos, doentes e necessitados. Podia dizer-se que era um soldado dos dois exércitos: o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma limpeza dos soldados cristãos no seu exército, expulsando dele todos os cristãos. Cabe dizer que o soldado do exército romano era voluntário. Só era obrigatório servirem nele, os filhos de militares, como era o caso de Sebastião, que foi denunciado por um soldado. Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente o chamou e exigiu que renunciasse ao cristianismo.
Perante tal situação, Sebastião comunicou ao imperador que não queria renunciar às suas crenças cristãs e o imperador ordenou a sua morte, através das flechas dos seus arqueiros. Os arqueiros desnudaram-no, levaram-no ao estádio de Palatino, ataram-no a um poste e dispararam sobre ele uma chuva de flechas e abandonaram-no para sangrar até à morte.
Irene (a conhecida Sta. Irene), uma mulher cristã, providencial, que apreciava os conselhos de Sebastião, junto com um grupo de amigos, foram ao local onde estava o santo, e com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo.
Desamarraram-no e Irene escondeu-o na sua própria casa e curou-lhe as feridas.
Passado algum tempo, Sebastião, já curado, quis continuar o seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo a Maximiano, o qual ficou assombrado.
Maximiano não deu ouvidos aos pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos e ordenou aos seus soldados que o açoitassem (espancaram) até a morte.
Após a sua morte, foi enterrado num cemitério subterrâneo sob a Via Ápia “Outros falam que seu corpo foi desovado nos esgotos da cidade Romana” . Mais tarde a Igreja construiu na parte posterior da catacumba um templo em honra do santo: A Basílica de São Sebastião que lá existe até hoje e recebe grande romaria dos seus devotos. Existe ainda uma capela em Palatino em homenagem a São Sebastião.
Patrono dos Militares “- O Soldado Santo, tá veno aiiii, que teve soldado bom nessa vida?”
Desde os tempos em que o Brasil era colônia de Portugal. São Sebastião do Rio de Janeiro é o nome real da cidade que tem esse nome em consequência de um milagre do santo ocorrido e testemunhado quando os franceses queriam invadir a cidade. Invocado em orações no momento da invasão, São Sebastião foi visto a frente de um numeroso exército de soldados, que fez com que os invasores fugissem apavorados. Em memória desse milagre, a cidade passou a chamar-se São Sebastião do Rio de Janeiro.
Patrono dos Militares. Em muitas cidades do Brasil os soldados fazem procissões automobilística pelas ruas em honra de seu padroeiro.
São Sebastião também é conhecido como o protetor daqueles que portam arcos e flechas. Os presidiários também podem pedir consolo ao santo. “Que o Soldado toma de conta” durante as pesquisas da vida de Sebastião ou sebastios ” tem diversos escritos que trás o santo como protetor dos encarcerados, acolhendo os mesmos em momentos de dificuldades na cadeia. Eu eimmmm!, soldado ajudando preso, só sendo Santo mesmo.
São Sebastião é o santo protetor contra a peste e as doenças contagiosas. “-Nessa época de Pandemia, toda ajuda e bem vindaaa!
Isso porque no ano de 680 Roma enfrentava uma terrível epidemia, que desapareceu quando os restos mortais do santo foram levadas para lá.
As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão de São Sebastião
O Patrono dos LGBT “- Só Pra dar o que falar”
Em vida, São Sebastião ajudava, protegia e orava junto dos leprosos que viviam isolados nas cercanias da cidade. Por isso ele é considerado santo protetor contra as doenças contagiosas e infecciosas.
A inspiração que levou a que se tomasse São Sebastião como “santo das pessoas LGBT” nasceu justamente dessa coragem que ele teve ao assumir frente ao imperador a sua condição de cristão… pois antes era um cristão escondido, tal como as pessoas católicas LGBT quando têm a coragem de assumir a sua orientação sexual perante uma igreja que teima em não as aceitar. Naquele tempo ele não poderia ser soldado romano e cristão ao mesmo tempo.. ser cristão era crime, os cristãos eram perseguidos pelos soldados. Contudo ele assumiu a sua cristandade e denunciou a perseguição aos cristãos. Neste testemunho de vida, estabelece-se o paralelo com as pessoas LGBT e a sua luta por serem reconhecidos como cidadãos e cristãos a quem é devido respeito, solidariedade e diálogo, bem como com todos os que, com medo de represálias, vivem uma vida dupla.