Vendeu Barato | Marinha do Brasil Vende obsoleto Porta Aviões Pelo Valor de um Carro de Luxo.

Antigo porta-aviões brasileiro é arrematado por cerca de R$ 10 milhões
Marinha Brasileira se desfez do porta-aviões devido ao alto custo de manutenção e modernização.

A Marinha Brasileira conseguiu vender em um leilão seu antigo porta-aviões São Paulo (A12) pelo valor de R$ 10,55 milhões.

A negociação foi promovida pela casa de leilões João Emílio Leiloeiro, no Rio de Janeiro (RJ) e o leilão ocorreu na última sexta-feira (12/03) conduzido pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), vinculada ao Ministério da Defesa.

Vista do convés de voo do porta-aviões brasileiro São Paulo (A12), em 2003. Quatro caças McDonnell Douglas AF-1 (A-4) Skyhawk e um Grumman S-2T Tracker da Marinha argentina são visíveis

Ainda não se sabe quem foi o comprador da embarcação desativada. Apenas sabe-se que deve ser levado para algum local e depois desmontado.

O São Paulo, que era anteriormente o porta-aviões Foch da classe Clemenceau na Marinha Francesa, foi adquirido em 2000, quando já tinha 43 anos. No Brasil a vida operacional dele foi curta, deixando de operar efetivamente 2005. De 2005 a 2010 um trabalho de reparo e modernização chegou a ser iniciado, mas em 2012 um acidente causou uma paralização nos trabalhos.

A Marinha dos EUA chegou a cogitar uma reforma e modernização da embarcação, com o objetivo de empregar as aeronaves A-4KU Skyhawk adquiridas da Força Aérea do Kuwait. Uma avaliação demonstrou que após 60 anos de serviço e com a vida útil do casco e motores no fim, a revisão e modernização avaliada em quase R$ 1 bilhão seria inviável realizar.

Após uma série de falhas e acidentes, em 14 de fevereiro de 2017, a Marinha do Brasil anunciou a desmobilização do navio e o posterior descomissionamento.

O navio de guerra estava fora de serviço e parado no Rio de Janeiro. O processo de venda do porta-aviões São Paulo começou em setembro de 2019. Uma primeira tentativa de venda em 2020 não obteve sucesso. Em fevereiro do ano passado ocorreu uma movimentação para transformar o São Paulo em um museu, mas não deu resultado.

Agora após o sucesso do leilão, a EMGEPRON deverá receber e repassar o à Marinha do Brasil o valor obtido no leilão